quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

7- Maluco por livro

Maluco por Livro: acesso à leitura em um bairro carente de São Paulo

O Parque Residencial Cocaia, no extremo sul de São Paulo, é uma das mais afastadas e violentas regiões da cidade. Neste local de alta privação, o projeto Maluco por Livro busca incentivar a formação de leitores por meio de bibliotecas comunitárias e envolvendo jovens mediadores de leitura (de 12 a 20 anos), que realizam sessões semanais com turmas de dez crianças (de 0 a 12 anos) durante três meses. Além de livros infantis, é também utilizado como instrumento de mediação o Jornal Comunitário Resoluto, produzido pelos próprios adolescentes da comunidade.Em 2006, foram implantas quatro bibliotecas comunitárias na Península do Cocaia e formados 120 mediadores e 1.200 leitores.
Como tudo começou
No inicio o Manancial de Leitores se chamava Maluco por Livro e nasceuinspirado no Programa de Extensão Bibliotecária “Mala do Livro – BibliotecaDomiciliar”, instituído por decreto oficial da Secretaria de Cultura e Esportede Brasília em 1996. O Programa consiste no seguinte: donas de casarecebem caixas-estantes de livros, são capacitadas para cuidar do acervo econtrolar empréstimos, tornando-se agentes de leitura, o que facilita eincentiva a leitura em comunidades carentes distantes das bibliotecaspúblicas. Em 2001, o Mala do Livro alcançou a marca de 13,9 mil leitores, edistribuiu 350 malas em todas as cidades-satélites e em três cidades doentorno do DF.
A metodologia aplicada no Jd. Gaivotas
Não foi exatamente com malas, mas também distribuindo livros que o Maluco por Livro possibilitou a instalação de três mine-bibliotecas: na Unidade Básica de Saúde, na Associação de Famílias, presidida pela liderança Emília Vieira, e numa das creches da comunidade do Jd. Gaivotas, onde a Vento em Popa iniciou sua atuação na península do Cocaia. Na creche, sob a coordenação da educadora Jaciara, os livros potencializaram as aulas das crianças e alguns moradores começaram a fazer empréstimos. Semanalmente, na Associação e na Unidade de Saúde, eram organizadas mediações de leitura com o apoio da VEP que orientava o funcionamento das mini-bibliotecas e buscava parcerias. No entanto, a gestão e manutenção dos acervos continuavam sendo o grande desafio e o que indicou a necessidade de se repensar a estratégia.
Mudança de premissa
Analisando as primeiras experiências, o Maluco por Livro optou por mudarsua característica e passou a concentrar energias na organização de umaúnica e boa biblioteca em toda a comunidade do Jd.Gaivotas. Na própriasede da Vento em Popa, buscou-se criar um espaço com aura de biblioteca,ou seja, com ambiente para estudos, para mediações de leitura, e onde as dificuldades de gestão pudessem ser superadas.
A formação dos primeiros mediadores da comunidade
Contando com o apoio do projeto Anchieta e com a metodologia aplicadapela Abrinq/A Cor da Letra, o Maluco por livro conseguiu formar os primeiros mediadores de leitura da comunidade, jovens que voluntariamente começaram a realizar mediações na sede da VEP e na Escola Loteamento das Gaivotas I. Somando a atuação dos mediadores à biblioteca do Jd.Gaivotas e asdemais da península do Cocaia, o projeto foi tomando forma: percebeu-se que mais do que formar malucos por livros, é possível formar uma grande epoderosa rede de bibliotecas, que deve dar suporte às escolas, que têm papel dos mais importantes no desenvolvimento de uma comunidade de leitores. Nasceu assim o Manancial de Leitores.
Atuação nas Unidades de Saúde
Com foco nas crianças de 0 a 5 anos, o trabalho nas Unidades Básicas de Saúde consiste em aproveitar a credibilidade dos médicos, enfermeiros e Agentes Comunitários de Saúde para incentivar os pais a lerem em voz alta a seus bebês.O profissional de saúde explica os benefícios da leitura, dá dicas aos pais e receita um livro à criança. No mesmo ato, um livro infantil é emprestado para os pais, que então desenvolvem o ótimo hábito de ler para seus filhos.Essa metodologia foi comprovada pela ONG Americana Reach Out and Read, que desenvolve o projeto em mais de 50 Estados americanos e vem alcançando excelentes resultados. Foi nessa experiência vencedora que a Vento em Popa se inspirou para iniciar sua parceria com a Secretária Municipal de Saúde.
Atuação nas escolas
Para contemplar as crianças de 5 a 12 anos e complementar sua formação escolar, o projeto Manancial de Leitores leva até as escolas da região atividades de mediação de leitura, que são oferecidas no contra-turno escolar. A metodologia, desenvolvida pela Fundação Abrinq, é simples e atraente, por isso capaz de envolver tantos jovens voluntários.A meta do projeto é contribuir ainda com a instalação de bibliotecas nas escolas e contribuir para uma política pedagógica de incentivo à leitura, com capacitação de professores e uma cultura de avaliação e resultados.Bibliotecas comunitáriasInstalando pequenas bibliotecas nas comunidades e estabelecendo parcerias com as já existentes, o projeto facilita o acesso dos moradores aos livros e ao conhecimento.Quem cuida das 7 bibliotecas comunitárias instaladas pela comunidade são os próprios jovens, que recebem para tal uma capacitação da ONG parceira Fé e Alegria.
Formação de Agentes Culturais Comunitários
Através da parceria da Vento em Popa com a Fundação Fé e Alegria do Brasil, jovens com idades entre 13 e 21 anos, membros do Manancial de Leitores, podem participar do curso de formação de Agentes Culturais Comunitários (ACC’s) oferecido pela fundação.O curso tem a duração de 8 meses e é divido em dois módulos.• Mais sobre a Fundação Fé e Alegria: http://www.fealegria.org.br/

6- Pontos de Leitura


PONTOS DE LEITURA

Diante da extensão territorial da cidade de São Paulo e da grande densidade populacional, o número de bibliotecas não é suficiente para atender toda a população. Existem regiões, bairros e comunidades totalmente desprovidos de equipamentos culturais ou de difícil acesso às bibliotecas públicas. Esta carência de equipamentos culturais, principalmente nos locais onde o índice de desenvolvimento humano é menor, motivou a Secretaria Municipal de Cultura a pensar em um projeto de baixo custo, os Pontos de Leitura, que fosse uma alternativa à construção de bibliotecas e centros culturais. Desde 2006 já estão funcionando oito Pontos de Leitura.Os Pontos de Leitura, instalados em espaços públicos, com cerca de 40m² e acervo de 2000 itens entre livros, revistas, jornais e obras de referência, permitem que a população local tenha acesso à leitura e à informação.
5.3 Circular da linha 82

Circular da linha 82 oferece biblioteca itinerante à população

Certo dia, uma passageira intrigou-se com a cena a que assistira. Fixando o olhar naquele homem que folheava um livro. Conseguiu ver o autor. Era Jorge Amado. Entre um sossego e outro, enquanto não chegava passageiro, ele passava uma página. Admirada, antes de descer, foi até o moço e perguntou: “Você gosta de ler, cobrador?” Ele devolveu, envergonhado: “Gosto, sim, senhora!”.Uma semana depois, ela trouxe três livros de literatura brasileira para o cobrador Antônio da Conceição Ferreira, maranhense de 36 anos e há 13 morando no DF. Ele emocionado levou para casa seu mais novo acervo. Devorou-os. Enquanto lia suas histórias, pensou: “Por que não compartilhar isso com outras pessoas?” E ele teve uma grande idéia: levaria os livros para o ônibus e assim incentivaria outras pessoas a ler também. Antes, muito antes, havia pensado em montar uma biblioteca em Sobradinho II, onde mora. Seria um espaço de leitura e pesquisa para quem quisesse chegar. Desistiu pela completa falta de apoio e nenhuma condição financeira.Sem ter uma biblioteca fixa, resolveu que ela seria itinerante. Juntou as 10 obra que tinha em casa, colocou numa sacola e partiu para o ônibus onde trabalhava, um circular em Sobradinho II. Ali, a idéia se concretizou. Projeto Cultura no Ônibus. Incansavelmente, ele explicou sua idéia para os passageiros da sua linha. E pedia doação.A novidade se espalhou. Em poucos meses, havia centenas. De todos os tipos, gêneros, gostos. Até gibis. E o povo começou a ler, levar para casa, trocar. Falar de poesia, comentar sobre histórias. Nem a confusão do ônibus lotado tirou a vontade de ler dos passageiros. A linha de Antônio tornou-se a mais disputada do pedaço.Há sete meses, porém, o cobrador foi transferido para a linha 82, que parte do Núcleo Bandeirante com destino ao Setor de Abastecimento e Armazenagem Norte (Saan). Ali, recontou sua história. E mais livros chegaram. A casa modesta onde mora de aluguel com a mulher, filho e uma enteada não coube mais tanta coisa. Ele teve que alugar um barraco para guardar o acervo que não parava de chegar. Todo mês, desembolsa R$ 120, do salário de R$ 569, para pagar o aluguel do lugar onde está seu tesouro. Hoje são mais de 4 mil livros.

Dedicação à cultura Quem pega o livro assina uma ficha, que vira o cadastro. Lá, consta o nome do leitor e o telefone. Nada mais. Prazo de devolução? “Varia de acordo com a capacidade de leitura de cada um”, ele explica. Em um ano, não mais que 10 livros deixaram de ser devolvidos. “Jamais vou deixar de levar meu projeto pra frente porque um ou outro não devolveu. Os honestos não podem pagar pelos não honestos”, reflete o cobrador — filho de um lavrador e uma catadora de coco babaçu. Antônio deixou os confins do Maranhão atrás de um sonho: estudar e “ser alguém na vida”.Aqui, entretanto, por causa das dificuldades financeiras, ele ainda não conseguiu terminar o ensino médio. Precisou trabalhar para sobreviver. Foi auxiliar de serviços gerais, balconista, vendedor e, há 8 anos, virou cobrador. Levou o desejo de estudar para dentro do ônibus. Realiza-se quando observa um passageiro extasiado com seus livros. “Quem lê tem uma visão mais crítica das coisas, do mundo e da vida. Aí, se liberta”, ele filosofa. E, assim, durante seis horas e meia por dia, seis dias por semana, faz o que mais gosta: leva conhecimento a quem, na maioria das vezes, não teria condições de comprar um livro.
5.2 Biblioteca Itinerante socializa a leitura

Biblioteca itinerante socializa a leitura em Gramado

Depois de muito transportar pessoas de um estado brasileiro a outro, a empresa rodoviária Itapemirim criou um projeto social para aproximar a leitura das comunidades urbanas, rurais e das periferias do Brasil. Dois ônibus foram adaptados para abrigar uma biblioteca móvel.Antes de estacionar em Gramado, a unidade Itapemirim esteve na capital gaúcha, Porto Alegre/RS. São mais de mil exemplares, entre livros infantis e adultos, gibis, revistas e jornais. Tudo pode ser acessado gratuitamente, das 10h às 17h. A Biblioteca Móvel fica na frente do Centro de Cultura de Gramado até o dia 20 de dezembro, inclusive nos finais de semana. Há uma outra unidade, patrocinada pela Shell, que segue a mesma proposta.

http://www.youtube.com/watch?v=TgILriJ_K50

De Norte a SulA biblioteca itinerante mantida pela Itapemirim conta com a parceria de empresas e editoras e já percorreu 17 estados brasileiros. O monitor Rogério Ferreira de Jesus trabalha há dez meses no projeto, que lhe permitiu conhecer diferentes realidades do Brasil, além de promover a aproximação de crianças e adultos com a leitura. “Queremos mostrar que ler é prazeroso, quebrar aquela imagem de que ir à biblioteca é castigo, como acontece muitas vezes nos trabalhos de escola”, diz.Inclusão cultural“Há um livro para cada pessoa”, afirma Rogério, destacando que o projeto tem como objetivo atender a todos os públicos, trazendo desde livros de referência até gibis. Exemplares em Braille também fazem parte do acervo. “Temos um curso de Libras programado, para promover ainda mais acessibilidade”, informa o monitor. Formado em Turismo, Rogério salienta que o trabalho que desenvolve junto à biblioteca exige mais uma abertura pessoal do que algum tipo de especialização. “É um trabalho muito humano, você precisa ter carisma, e isso está em você, é da pessoa”, considera.Escolas A turma da 3ª série do Ensino Fundamental do Colégio Cenecista Visconde de Mauá foi visitar a biblioteca na tarde de segunda-feira, 10. Acompanhados pela professora Lúcia Nelz, os estudantes demonstraram familiaridade com os livros. As escolas têm feito agendamentos para visitar a biblioteca. Os monitores contam a história do projeto e depois a turma fica livre para consultar os livros. Vídeos da Maurício de Souza Produções também são passados para os alunos no ônibus.Gosto pela leitura“Gosto muito de ler, quando você começa a ler parece que está dentro do livro”, diz Lucas, um dos alunos que visitou a biblioteca. A professora Lúcia garante que em suas aulas o estímulo à leitura é constante. “Semanalmente eles têm ficha de leitura. Procuro fazer trabalhos diferentes para que eles aprendam a gostar de ler e não encarem apenas como uma obrigação”, conta. Sobre a Biblioteca Móvel Itapemirim, Lúcia afirma que gostou muito do projeto. “As crianças adoraram, já vieram aqui várias vezes”, finaliza.ProgramaçãoAlém do empréstimo de livros, a biblioteca itinerante conta com programações específicas. Às 15h, tem contação de histórias com fantoches. Às 16h, oficinas. Às 16h30min, o espaço é aberto à cultura local: apresentações de capoeira, declamação, etc. Em Gramado, a Biblioteca Móvel Itapemirim conta com o apoio da Biblioteca Pública Cyro Martins, Secretaria de Educação e Esportes e Centro de Cultura.Números Em 20 meses de funcionamento com as duas unidades – Itapemirim e Shell – a Biblioteca Móvel percorreu 46 mil quilômetros e chegou a 70 localidades. Cerca de 175 mil pessoas foram atendidas. Em cada unidade, o acervo conta com cerca de 1,2 mil exemplares. Artes, culinária, ensino, filosofia, história, geografia, literatura Infantil e juvenil, ficção, poesia, meio ambiente, saúde, cidadania são alguns dos temas contemplados.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

5- Ônibus Biblioteca

5.1 Ônibus-Biblioteca vence prêmio Viva Leitura 2008


O projeto que conta com quatro veículos itinerantes repletos de livros venceu a premiação promovida pela Fundação Santillana em parceria com o Ministério da Cultura e da EducaçãoO projeto Ônibus-biblioteca, da Secretaria Municipal de Cultura, venceu o prêmio Viva Leitura 2008 na categoria Bibliotecas Públicas, Privadas e Comunitárias no qual concorreu com outras 160 iniciativas de estímulo à leitura de todo o País. A cerimônia de entrega da premiação, promovida pela Fundação Santillana em parceria com o Ministério da Cultura e da Educação, ocorreu na noite de quarta-feira, dia 12, no auditório do MASP.O prêmio de R$ 30 mil será investido em melhorias no próprio projeto como ampliação da frota de veículos disponíveis além de inclusão de terminais de consulta ao acervo com rede de internet sem fio.No dia 27 de outubro, o projeto ganhou um reforço em sua frota passando a contar com mais três veículos. Até então, um único veículo cumpria um itinerário com sete paradas semanais. Agora já são 28 pontos em diversos bairros da cidade.Informações: Projeto Ônibus-biblioteca. Telefone: 3256-4122 ramal 111 ou pelo site: http://www.bibliotecas.sp.gov.br/


CONHEÇA OS ROTEIROS DO ÔNIBUS BIBLIOTECA
Confira os novos roteiros dos ônibus-bibliotecaO projeto passa a contar com quatro veículos e amplia o atendimento de sete para 28 diferentes pontos da cidadeMais pessoas passarão a ter acesso a livros, periódicos e gibis. O projeto ônibus-biblioteca, que atendia apenas 7 bairros da cidade chega agora a 28 pontos diferentes, priorizados pela ausência de equipamentos públicos. Além disso, alguns roteiros foram sugeridos pela própria população.O novo projeto visual caracterizou o veículo com a cor amarela e estampou no vidro traseiro uma fotografia do primeiro ônibus a prestar este tipo de serviço na cidade. A primeira unidade móvel de informação foi implantada por Mário de Andrade, escritor e primeiro diretor do Departamento de Cultura da cidade de São Paulo. Em funcionamento desde 1936, com interrupções em função de acontecimentos pontuais, o projeto ainda é mantido pela Secretaria Municipal de Cultura, pois ele demonstra que o público responde aos investimentos, mesmo modestos.A partir de um problema mecânico identificado no segundo semestre do ano passado, o único veículo (roteiro nº 1) que cumpria o itinerário semanal disponível teve de ser trocado e, com a doação de veículos feita pela Secretaria Municipal dos Transportes (SPTRANS), foi possível ampliar o serviço para quatro unidades funcionam a cada dia da semana em um lugar distinto.Além da caracterização dos novos veículos, foi contratada a Liga Brasileira de Editoras (LIBRE) para fornecer motoristas e uma programação mensal de encontro com autores. Informações ao público: Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas.Tel.: 3675-8096Horário de atendimento de todos os roteiros: 10h às 15h

Confira os quatro itinerários dos Ônibus-biblioteca:

ROTEIRO nº 1 (já em funcionamento)
2ª feira: Av. Belmira Marin, nº 3865 – Grajaú
3ª feira: Rua Barros Penteado, nº 403 – Jardim Iguatemi
4ª feira: Praça José Rochel, s/nº - Vila São José
5ª feira: Rua Luís J. Freire, s/nº - Vila Penteado (atrás do sacolão)
6ª feira: Avenida Baronesa de Muritiba, nº 750 – Parque São Rafae
lSábado:Avenida Cupecê, 5950 – Jardim Miriam
Domingo: Avenida dos Metalúrgicos. Esquina com a Avenida Leandro – Cidade Tiradentes

ROTEIRO nº2
2ª feira: Avenida Tibúrcio de Souza, s/nº - Itaim Paulista
3ª feira: Praça Ermídia (Rua Serra da Juruoca com R. Dr. Almiro dos Reis) - São Miguel
4ª feira: Avenida Kamaki Aoki, s/nº Jardim Helena
5ª feira: Rua Antônio Lázaro, s/nº - São Mateus
6ª feira: Rua Joaquim Meira de Siqueira, s/nº - Parque do Carmo
Sábado: Avenida das Alamandas, s/nº (E.E Professor Milton Cruzeiro) - Ponte Rasa
Domingo: Rua Zélia Frias Street com Rua Bento Teixeira - Cidade Líder

ROTEIRO nº3
2ª feira: Estrada de M´Boi Mirim, altura do nº 4250 - Jardim Ângela
3ª feira: Praça Santa Amélia, s/nº - Jardim das Oliveiras - Jardim São Luís
4ª feira: Rua José Maria Pinto Zilli, s/nº - Jardim Eunice - Vila Andrade
5ª feira: Av. Ellis Maas com Profª Eunice Pexara de Oliveira, altura do nº 100. - Ponto de referência: Pq Santo Dias - Capão Redondo
6ª feira: Praça Batista Botelho ao final da Avenida Nossa Senhora do Outeiro - Cidade Dutra
Sábado: Praça Luís da C. Moreira próxima da Rua Salvador Rodrigues Negrão - Cidade Ademar
Domingo: Rua Rafael Correia Sampaio – Jardim Palmares - Pedreira

ROTEIRO nº4
2ª feira: Rua Francisco Franco Machado, s/nº - Vila Medeiros
3ª feira: Rua do Inverno, s/nº - Brasilândia
4ª feira: Rua Ushikchi Kamiya, altura do nº 1.700 - Tremembé
5ª feira: Avenida José Brito de Freitas, nº 800 - Casa Verde
6ª feira: Rua Júlio Dantas, s/nº - Vila Dionísia - Cachoeirinha
Sábado: Avenida Alfredo Ribeiro de Castro, s/nº - Cangaíba
Domingo: Praça Alcindo Rocha Campos – altura do nº 1.300 da Rua Nossa Senhora do Sabará - Campo Grande

4.Projeto Leia Brasil

PROJETO LEIA BRASIL





Projetos como o Leia Brasil oferecem acesso à leitura e estimulam estudantes de comunidades carentesO hábito da leitura é um dos mais prazerosos cultivados pelo ser humano ao longo da história. Não só como passatempo. Ler é um exercício para o corpo e para a mente. Além de queimar calorias (sim, ler queima calorias!), é também a chamada atividade neuróbica, isto é, uma espécie de “ginástica” para o cérebro.Mas assim como todo hábito, a leitura também precisa de estímulo para se tornar algo realmente prazeroso e não só mais uma obrigação. Dados da Câmara Brasileira do Livro do ano de 2006 mostram que somente 10% da população brasileira – 17 milhões de um total de 170 – lêem entre um e dois livros por ano. A média do País está na marca de 1,8 livros lidos, ao ano, por habitante enquanto na França, por exemplo, esse número salta para sete.Para aumentar a quantidade de leitores no Brasil, vários projetos se propõem a estimular a população a ler. Um desses é o “Leia Brasil”. Por dez anos — do 2º semestre de 1991, quando foi criado, a 2001 – o “Leia Brasil” foi um projeto exclusivo da Petrobras. A partir de 2002 virou uma Organização Não-Governamental, mas ainda conta com a parceria da estatal e de outras empresas. A ONG tem como objetivo principal incentivar a leitura e combater o analfabetismo funcional (denominação dada à pessoa que sabe escrever, de forma precária, e que não desenvolve a habilidade de interpretar frases). No País, essa condição faz parte da vida de 75% dos brasileiros, de acordo com o Instituto Paulo Montenegro, do grupo Ibope.Para alcançar essas metas, o “Leia Brasil” utiliza não só a linguagem escrita, mas também recursos audiovisuais. “Damos ênfase à linguagem escrita, mas trabalhamos também com outras linguagens como a imagem, o som, as artes cênicas, artes plásticas, tudo isso para estimular a leitura”, conta Ana Cláudia Maia, que está há seis anos na Organização e é coordenadora de projetos e editora das publicações da ONG.Uma das idéias defendidas por Ana Cláudia e pela “Leia Brasil” é que não basta somente distribuir livros para incentivar o hábito da leitura. “Existem muitas pequenas bibliotecas que funcionam em comunidades. E por que essas bibliotecas conseguem um trabalho tão bom e as bibliotecas públicas estão abandonadas? Não é simplesmente ter um local para leitura, mas sim o trabalho que essas pessoas realizam para que a comunidade se interesse e passe a utilizá-la”, explica. E as iniciativas governamentais de estímulo à leitura não são suficientes: “Para um País do tamanho do nosso o que se investe é ainda muito pouco”, afirma o prof. dr. em Educação, Elydio dos Santos Neto, diretor da Faculdade de Educação e Letras da Universidade Metodista de São Paulo.Uma das mais curiosas – e bem sucedidas – iniciativas da “Leia Brasil” são as bibliotecas volantes, caminhões recheados de livros que funcionam como bibliotecas itinerantes. No total, são sete veículos, que chegam a transportar 10 mil livros cada um por quase 500 escolas nas regiões Sudeste e Nordeste.Cinco desses veículos ficam na região da Bacia de Campos, no norte do Estado do Rio de Janeiro. Outro localiza-se na Baixada Santista, em São Paulo e o sétimo fica em Sergipe, onde atende 28 municípios. Cada caminhão visita uma média de 60 escolas. Para que todas sejam atendidas é feito um rodízio, para que cada escola seja visitada a cada dois meses, período em que os livros são emprestados à escola e aos estudantes. “Os grandes responsáveis para estimular os estudantes são os próprios professores”, explica Ana Cláudia, que acrescenta que existem cursos, oficinas, várias atividades para ajudá-los a melhor conduzir os alunos no mundo dos livros. E esse é um trabalho que tem importância fundamental na transformação das regiões alcançadas.“Cultura é vital para o ser humano. Quando ela é levada aos que não têm acesso, a exemplo das bibliotecas itinerantes, instaura-se uma verdadeira revolução: de idéias”, diz o sociólogo Helio Sales Rios.Além dos caminhões, a organização já promoveu atividades semelhantes a essas que ocorrem nas escolas em comunidades carentes e favelas do Rio de Janeiro. “A gente está sempre pensando em novos projetos. Nós começamos, junto com a Fundação Cultural de Curitiba (PR), um curso de formação de agentes de leitura, que são pessoas, líderes comunitários que vão trabalhar a questão da leitura dentro de suas comunidades”, explica Ana Cláudia.Apesar do trabalho, Ana Cláudia diz que colher os frutos é o que motiva todo o projeto: “Visitar uma escola é emocionante. É o momento em que a gente vê que fez alguma diferença. Saber que as crianças estão lendo os livros que estão lá no caminhão, no projeto, dá uma sensação muito boa, de fazer diferença na vida de alguém. Isso é gratificante”, conclui a coordenadora.

3.Embarque na Leitura

A mais nova Biblioteca Embarque na Leitura está em operação na Estação Santa Cecília da Linha 3-Vermelha, desde o dia 7/05/2008. Com mais de 2200 livros no acervo, ela atenderá não só os usuários desta estação, mas também aos moradores da região, oferecendo o mesmo serviço já existente nas demais linhas do Metrô. O acervo abrange todas as áreas do conhecimento, destacando-se a literatura brasileira e a estrangeira, filosofia, artes, religião, sociologia, história e geografia. Uma coleção especial de livros infantis e em braile completam a diversa coleção de títulos. O grande diferencial dessa biblioteca é a nova arquitetura que contempla balcão adaptado para portadores de necessidades especiais.Esta é a quinta biblioteca com empréstimos gratuitos de livros ao público na rede metroviária, que já conta com unidades nas estações Paraíso (linhas 1-Azul e 2-Verde), Tatuapé (Linha 3-Vermelha), Luz (Linha 1-Azul) e Largo Treze (Linha 5-Lilás). A primeira biblioteca "Embarque na Leitura" funciona na Estação Paraíso, desde 1º de setembro de 2004. A Estação Tatuapé também recebeu uma unidade da biblioteca, que entrou em funcionamento no mesmo dia, mas um ano depois, em 2005. Ambas patrocinadas pelas empresas: Usiminas, Cosipa, Rio Negro e Dufer. A unidade da Estação Luz foi aberta ao público em 1º de setembro de 2006 e, assim como a unidade da estação Largo Treze, inaugurada no dia 6 de dezembro de 2007, é patrocinada pela Visanet. O Grupo Votorantim é o patrocinador da unidade Santa Cecília. As bibliotecas "Embarque na Leitura" contam com apoio do Ministério da Cultura, e execução e gerenciamento do Instituto Brasil Leitor. Seu objetivo é incentivar o hábito da leitura na população por meio da oferta de livros novos, best-sellers e clássicos da literatura. Os cinco acervos totalizam mais de 17 mil títulos entre romances, histórias infantis, policiais, infanto-juvenis, de auto-ajuda, entre outros.Os cadastros das cinco bibliotecas são independentes, mas o procedimento para se cadastrar e receber a carteirinha é o mesmo: os interessados devem apresentar documento de identidade e CPF (original e cópia), comprovante de residência recente (original e cópia) e uma foto 3X4. Menores de 18 anos devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis. Somente poderá ser retirado um livro por vez. O empréstimo, gratuito, pode ser feito de segunda a sexta-feira, das 11 às 20 horas. Os livros devem ser devolvidos em 10 dias em qualquer horário, na caixa coletora localizada na lateral das bibliotecas. Atenção: os livros retirados só podem ser devolvidos na mesma unidade em que foram retirados.As bibliotecas do Metrô ultrapassaram a marca de 270 mil livros retirados. Já são mais de 31 mil sócios, dos quais cerca de 2/3 são mulheres. A maioria possui o ensino médio completo e curso superior, em andamento ou concluído. A faixa etária predominante entre os usuários é de 21 a 30 anos.Entre os títulos mais procurados em 2007, estão: "Fortaleza Digital", "Anjos e Demônios" e "O Código Da Vinci", de Dan Brown; "Enfrentando Fogo" e "Lágrimas da Lua" , de Nora Roberts; "O caçador de pipas" e "A Cidade do Sol", de Khaled Hosseini; "Marley e Eu", de John Grogan; "O livreiro de Cabul", de Asne Seierstad; e "Neve", Orhan Pamuk.Além do empréstimo de livros, as bibliotecas "Embarque na Leitura" contam com uma agenda de atividades ligadas à literatura, como tarde de autógrafos, conversa com escritores, contadores de história e distribuição de livros.




EMBARQUE NA LEITURA
Desde a inauguração da primeira biblioteca, em setembro de 2004, o projeto "Embarque na Leitura" vem atraindo a atenção dos usuários do Metrô, que passaram a contar com mais esse serviço. Em função da grande procura, mais duas unidades foram inauguradas nos anos subseqüentes. Depois de dois anos, formou-se um público de mais de 17 mil leitores/usuários, sendo 12 mil em Paraíso; 4.300 em Tatuapé; e 900 em Luz. Atualmente, o acervo das três bibliotecas do Metrô soma 9.700 livros.O objetivo é incentivar o hábito da leitura na população, por meio da oferta de livros novos, best-sellers e clássicos da literatura, com títulos que abrangem todas as áreas do conhecimento. Todas as bibliotecas contam com equipe especializada para o atendimento da população e acervo sobre literatura, história, geografia, filosofia, religião, esportes e demais áreas de interesse para adultos, crianças e adolescentes. Livros em braile também estão disponíveis em todas as três bibliotecas.Os cadastros das três bibliotecas são independentes, mas o procedimento é o mesmo: para se cadastrar e receber a carteirinha, os interessados devem apresentar documento de identidade e CPF (original e cópia), comprovante de residência recente (original e cópia) em uma foto 3X4. Menores de doze anos devem estar acompanhados dos pais. Somente poderá ser retirado um livro por vez. O empréstimo, gratuito, pode ser feito de segunda a sexta-feira, das 11 às 20 horas. Os livros devem ser devolvidos em 10 dias em qualquer horário, na caixa coletora localizada na lateral das duas bibliotecas. Atenção: os livros retirados só podem ser devolvidos na mesma unidade em que foram retirados.Além do empréstimo de livros, as bibliotecas "Embarque na Leitura" contam com uma agenda de atividades ligadas à literatura, como tarde de autógrafos, conversa com escritores, contadores de história, distribuição de livros, entre outras.