quinta-feira, 27 de novembro de 2008

5- Ônibus Biblioteca

5.1 Ônibus-Biblioteca vence prêmio Viva Leitura 2008


O projeto que conta com quatro veículos itinerantes repletos de livros venceu a premiação promovida pela Fundação Santillana em parceria com o Ministério da Cultura e da EducaçãoO projeto Ônibus-biblioteca, da Secretaria Municipal de Cultura, venceu o prêmio Viva Leitura 2008 na categoria Bibliotecas Públicas, Privadas e Comunitárias no qual concorreu com outras 160 iniciativas de estímulo à leitura de todo o País. A cerimônia de entrega da premiação, promovida pela Fundação Santillana em parceria com o Ministério da Cultura e da Educação, ocorreu na noite de quarta-feira, dia 12, no auditório do MASP.O prêmio de R$ 30 mil será investido em melhorias no próprio projeto como ampliação da frota de veículos disponíveis além de inclusão de terminais de consulta ao acervo com rede de internet sem fio.No dia 27 de outubro, o projeto ganhou um reforço em sua frota passando a contar com mais três veículos. Até então, um único veículo cumpria um itinerário com sete paradas semanais. Agora já são 28 pontos em diversos bairros da cidade.Informações: Projeto Ônibus-biblioteca. Telefone: 3256-4122 ramal 111 ou pelo site: http://www.bibliotecas.sp.gov.br/


CONHEÇA OS ROTEIROS DO ÔNIBUS BIBLIOTECA
Confira os novos roteiros dos ônibus-bibliotecaO projeto passa a contar com quatro veículos e amplia o atendimento de sete para 28 diferentes pontos da cidadeMais pessoas passarão a ter acesso a livros, periódicos e gibis. O projeto ônibus-biblioteca, que atendia apenas 7 bairros da cidade chega agora a 28 pontos diferentes, priorizados pela ausência de equipamentos públicos. Além disso, alguns roteiros foram sugeridos pela própria população.O novo projeto visual caracterizou o veículo com a cor amarela e estampou no vidro traseiro uma fotografia do primeiro ônibus a prestar este tipo de serviço na cidade. A primeira unidade móvel de informação foi implantada por Mário de Andrade, escritor e primeiro diretor do Departamento de Cultura da cidade de São Paulo. Em funcionamento desde 1936, com interrupções em função de acontecimentos pontuais, o projeto ainda é mantido pela Secretaria Municipal de Cultura, pois ele demonstra que o público responde aos investimentos, mesmo modestos.A partir de um problema mecânico identificado no segundo semestre do ano passado, o único veículo (roteiro nº 1) que cumpria o itinerário semanal disponível teve de ser trocado e, com a doação de veículos feita pela Secretaria Municipal dos Transportes (SPTRANS), foi possível ampliar o serviço para quatro unidades funcionam a cada dia da semana em um lugar distinto.Além da caracterização dos novos veículos, foi contratada a Liga Brasileira de Editoras (LIBRE) para fornecer motoristas e uma programação mensal de encontro com autores. Informações ao público: Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas.Tel.: 3675-8096Horário de atendimento de todos os roteiros: 10h às 15h

Confira os quatro itinerários dos Ônibus-biblioteca:

ROTEIRO nº 1 (já em funcionamento)
2ª feira: Av. Belmira Marin, nº 3865 – Grajaú
3ª feira: Rua Barros Penteado, nº 403 – Jardim Iguatemi
4ª feira: Praça José Rochel, s/nº - Vila São José
5ª feira: Rua Luís J. Freire, s/nº - Vila Penteado (atrás do sacolão)
6ª feira: Avenida Baronesa de Muritiba, nº 750 – Parque São Rafae
lSábado:Avenida Cupecê, 5950 – Jardim Miriam
Domingo: Avenida dos Metalúrgicos. Esquina com a Avenida Leandro – Cidade Tiradentes

ROTEIRO nº2
2ª feira: Avenida Tibúrcio de Souza, s/nº - Itaim Paulista
3ª feira: Praça Ermídia (Rua Serra da Juruoca com R. Dr. Almiro dos Reis) - São Miguel
4ª feira: Avenida Kamaki Aoki, s/nº Jardim Helena
5ª feira: Rua Antônio Lázaro, s/nº - São Mateus
6ª feira: Rua Joaquim Meira de Siqueira, s/nº - Parque do Carmo
Sábado: Avenida das Alamandas, s/nº (E.E Professor Milton Cruzeiro) - Ponte Rasa
Domingo: Rua Zélia Frias Street com Rua Bento Teixeira - Cidade Líder

ROTEIRO nº3
2ª feira: Estrada de M´Boi Mirim, altura do nº 4250 - Jardim Ângela
3ª feira: Praça Santa Amélia, s/nº - Jardim das Oliveiras - Jardim São Luís
4ª feira: Rua José Maria Pinto Zilli, s/nº - Jardim Eunice - Vila Andrade
5ª feira: Av. Ellis Maas com Profª Eunice Pexara de Oliveira, altura do nº 100. - Ponto de referência: Pq Santo Dias - Capão Redondo
6ª feira: Praça Batista Botelho ao final da Avenida Nossa Senhora do Outeiro - Cidade Dutra
Sábado: Praça Luís da C. Moreira próxima da Rua Salvador Rodrigues Negrão - Cidade Ademar
Domingo: Rua Rafael Correia Sampaio – Jardim Palmares - Pedreira

ROTEIRO nº4
2ª feira: Rua Francisco Franco Machado, s/nº - Vila Medeiros
3ª feira: Rua do Inverno, s/nº - Brasilândia
4ª feira: Rua Ushikchi Kamiya, altura do nº 1.700 - Tremembé
5ª feira: Avenida José Brito de Freitas, nº 800 - Casa Verde
6ª feira: Rua Júlio Dantas, s/nº - Vila Dionísia - Cachoeirinha
Sábado: Avenida Alfredo Ribeiro de Castro, s/nº - Cangaíba
Domingo: Praça Alcindo Rocha Campos – altura do nº 1.300 da Rua Nossa Senhora do Sabará - Campo Grande

4.Projeto Leia Brasil

PROJETO LEIA BRASIL





Projetos como o Leia Brasil oferecem acesso à leitura e estimulam estudantes de comunidades carentesO hábito da leitura é um dos mais prazerosos cultivados pelo ser humano ao longo da história. Não só como passatempo. Ler é um exercício para o corpo e para a mente. Além de queimar calorias (sim, ler queima calorias!), é também a chamada atividade neuróbica, isto é, uma espécie de “ginástica” para o cérebro.Mas assim como todo hábito, a leitura também precisa de estímulo para se tornar algo realmente prazeroso e não só mais uma obrigação. Dados da Câmara Brasileira do Livro do ano de 2006 mostram que somente 10% da população brasileira – 17 milhões de um total de 170 – lêem entre um e dois livros por ano. A média do País está na marca de 1,8 livros lidos, ao ano, por habitante enquanto na França, por exemplo, esse número salta para sete.Para aumentar a quantidade de leitores no Brasil, vários projetos se propõem a estimular a população a ler. Um desses é o “Leia Brasil”. Por dez anos — do 2º semestre de 1991, quando foi criado, a 2001 – o “Leia Brasil” foi um projeto exclusivo da Petrobras. A partir de 2002 virou uma Organização Não-Governamental, mas ainda conta com a parceria da estatal e de outras empresas. A ONG tem como objetivo principal incentivar a leitura e combater o analfabetismo funcional (denominação dada à pessoa que sabe escrever, de forma precária, e que não desenvolve a habilidade de interpretar frases). No País, essa condição faz parte da vida de 75% dos brasileiros, de acordo com o Instituto Paulo Montenegro, do grupo Ibope.Para alcançar essas metas, o “Leia Brasil” utiliza não só a linguagem escrita, mas também recursos audiovisuais. “Damos ênfase à linguagem escrita, mas trabalhamos também com outras linguagens como a imagem, o som, as artes cênicas, artes plásticas, tudo isso para estimular a leitura”, conta Ana Cláudia Maia, que está há seis anos na Organização e é coordenadora de projetos e editora das publicações da ONG.Uma das idéias defendidas por Ana Cláudia e pela “Leia Brasil” é que não basta somente distribuir livros para incentivar o hábito da leitura. “Existem muitas pequenas bibliotecas que funcionam em comunidades. E por que essas bibliotecas conseguem um trabalho tão bom e as bibliotecas públicas estão abandonadas? Não é simplesmente ter um local para leitura, mas sim o trabalho que essas pessoas realizam para que a comunidade se interesse e passe a utilizá-la”, explica. E as iniciativas governamentais de estímulo à leitura não são suficientes: “Para um País do tamanho do nosso o que se investe é ainda muito pouco”, afirma o prof. dr. em Educação, Elydio dos Santos Neto, diretor da Faculdade de Educação e Letras da Universidade Metodista de São Paulo.Uma das mais curiosas – e bem sucedidas – iniciativas da “Leia Brasil” são as bibliotecas volantes, caminhões recheados de livros que funcionam como bibliotecas itinerantes. No total, são sete veículos, que chegam a transportar 10 mil livros cada um por quase 500 escolas nas regiões Sudeste e Nordeste.Cinco desses veículos ficam na região da Bacia de Campos, no norte do Estado do Rio de Janeiro. Outro localiza-se na Baixada Santista, em São Paulo e o sétimo fica em Sergipe, onde atende 28 municípios. Cada caminhão visita uma média de 60 escolas. Para que todas sejam atendidas é feito um rodízio, para que cada escola seja visitada a cada dois meses, período em que os livros são emprestados à escola e aos estudantes. “Os grandes responsáveis para estimular os estudantes são os próprios professores”, explica Ana Cláudia, que acrescenta que existem cursos, oficinas, várias atividades para ajudá-los a melhor conduzir os alunos no mundo dos livros. E esse é um trabalho que tem importância fundamental na transformação das regiões alcançadas.“Cultura é vital para o ser humano. Quando ela é levada aos que não têm acesso, a exemplo das bibliotecas itinerantes, instaura-se uma verdadeira revolução: de idéias”, diz o sociólogo Helio Sales Rios.Além dos caminhões, a organização já promoveu atividades semelhantes a essas que ocorrem nas escolas em comunidades carentes e favelas do Rio de Janeiro. “A gente está sempre pensando em novos projetos. Nós começamos, junto com a Fundação Cultural de Curitiba (PR), um curso de formação de agentes de leitura, que são pessoas, líderes comunitários que vão trabalhar a questão da leitura dentro de suas comunidades”, explica Ana Cláudia.Apesar do trabalho, Ana Cláudia diz que colher os frutos é o que motiva todo o projeto: “Visitar uma escola é emocionante. É o momento em que a gente vê que fez alguma diferença. Saber que as crianças estão lendo os livros que estão lá no caminhão, no projeto, dá uma sensação muito boa, de fazer diferença na vida de alguém. Isso é gratificante”, conclui a coordenadora.

3.Embarque na Leitura

A mais nova Biblioteca Embarque na Leitura está em operação na Estação Santa Cecília da Linha 3-Vermelha, desde o dia 7/05/2008. Com mais de 2200 livros no acervo, ela atenderá não só os usuários desta estação, mas também aos moradores da região, oferecendo o mesmo serviço já existente nas demais linhas do Metrô. O acervo abrange todas as áreas do conhecimento, destacando-se a literatura brasileira e a estrangeira, filosofia, artes, religião, sociologia, história e geografia. Uma coleção especial de livros infantis e em braile completam a diversa coleção de títulos. O grande diferencial dessa biblioteca é a nova arquitetura que contempla balcão adaptado para portadores de necessidades especiais.Esta é a quinta biblioteca com empréstimos gratuitos de livros ao público na rede metroviária, que já conta com unidades nas estações Paraíso (linhas 1-Azul e 2-Verde), Tatuapé (Linha 3-Vermelha), Luz (Linha 1-Azul) e Largo Treze (Linha 5-Lilás). A primeira biblioteca "Embarque na Leitura" funciona na Estação Paraíso, desde 1º de setembro de 2004. A Estação Tatuapé também recebeu uma unidade da biblioteca, que entrou em funcionamento no mesmo dia, mas um ano depois, em 2005. Ambas patrocinadas pelas empresas: Usiminas, Cosipa, Rio Negro e Dufer. A unidade da Estação Luz foi aberta ao público em 1º de setembro de 2006 e, assim como a unidade da estação Largo Treze, inaugurada no dia 6 de dezembro de 2007, é patrocinada pela Visanet. O Grupo Votorantim é o patrocinador da unidade Santa Cecília. As bibliotecas "Embarque na Leitura" contam com apoio do Ministério da Cultura, e execução e gerenciamento do Instituto Brasil Leitor. Seu objetivo é incentivar o hábito da leitura na população por meio da oferta de livros novos, best-sellers e clássicos da literatura. Os cinco acervos totalizam mais de 17 mil títulos entre romances, histórias infantis, policiais, infanto-juvenis, de auto-ajuda, entre outros.Os cadastros das cinco bibliotecas são independentes, mas o procedimento para se cadastrar e receber a carteirinha é o mesmo: os interessados devem apresentar documento de identidade e CPF (original e cópia), comprovante de residência recente (original e cópia) e uma foto 3X4. Menores de 18 anos devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis. Somente poderá ser retirado um livro por vez. O empréstimo, gratuito, pode ser feito de segunda a sexta-feira, das 11 às 20 horas. Os livros devem ser devolvidos em 10 dias em qualquer horário, na caixa coletora localizada na lateral das bibliotecas. Atenção: os livros retirados só podem ser devolvidos na mesma unidade em que foram retirados.As bibliotecas do Metrô ultrapassaram a marca de 270 mil livros retirados. Já são mais de 31 mil sócios, dos quais cerca de 2/3 são mulheres. A maioria possui o ensino médio completo e curso superior, em andamento ou concluído. A faixa etária predominante entre os usuários é de 21 a 30 anos.Entre os títulos mais procurados em 2007, estão: "Fortaleza Digital", "Anjos e Demônios" e "O Código Da Vinci", de Dan Brown; "Enfrentando Fogo" e "Lágrimas da Lua" , de Nora Roberts; "O caçador de pipas" e "A Cidade do Sol", de Khaled Hosseini; "Marley e Eu", de John Grogan; "O livreiro de Cabul", de Asne Seierstad; e "Neve", Orhan Pamuk.Além do empréstimo de livros, as bibliotecas "Embarque na Leitura" contam com uma agenda de atividades ligadas à literatura, como tarde de autógrafos, conversa com escritores, contadores de história e distribuição de livros.




EMBARQUE NA LEITURA
Desde a inauguração da primeira biblioteca, em setembro de 2004, o projeto "Embarque na Leitura" vem atraindo a atenção dos usuários do Metrô, que passaram a contar com mais esse serviço. Em função da grande procura, mais duas unidades foram inauguradas nos anos subseqüentes. Depois de dois anos, formou-se um público de mais de 17 mil leitores/usuários, sendo 12 mil em Paraíso; 4.300 em Tatuapé; e 900 em Luz. Atualmente, o acervo das três bibliotecas do Metrô soma 9.700 livros.O objetivo é incentivar o hábito da leitura na população, por meio da oferta de livros novos, best-sellers e clássicos da literatura, com títulos que abrangem todas as áreas do conhecimento. Todas as bibliotecas contam com equipe especializada para o atendimento da população e acervo sobre literatura, história, geografia, filosofia, religião, esportes e demais áreas de interesse para adultos, crianças e adolescentes. Livros em braile também estão disponíveis em todas as três bibliotecas.Os cadastros das três bibliotecas são independentes, mas o procedimento é o mesmo: para se cadastrar e receber a carteirinha, os interessados devem apresentar documento de identidade e CPF (original e cópia), comprovante de residência recente (original e cópia) em uma foto 3X4. Menores de doze anos devem estar acompanhados dos pais. Somente poderá ser retirado um livro por vez. O empréstimo, gratuito, pode ser feito de segunda a sexta-feira, das 11 às 20 horas. Os livros devem ser devolvidos em 10 dias em qualquer horário, na caixa coletora localizada na lateral das duas bibliotecas. Atenção: os livros retirados só podem ser devolvidos na mesma unidade em que foram retirados.Além do empréstimo de livros, as bibliotecas "Embarque na Leitura" contam com uma agenda de atividades ligadas à literatura, como tarde de autógrafos, conversa com escritores, contadores de história, distribuição de livros, entre outras.




2 – BIBLIOTECAS EM PONTOS DE ÔNIBUS

O número de bibliotecas comunitárias distribuídas em algumas paradas de ônibus da Asa Norte, em Brasília, aumentou, o brasiliense que esperava a chegada de ônibus nos pontos que vão da 712 à 716 Norte contavam com 10 prateleiras de livros para pegar emprestado, sem pagar nada, foram inauguradas pelo menos mais seis dessas bibliotecas na região, completando os pontos de ônibus das quadras que começam na 710 Norte, com um total de 16 unidades.

A esteticista Maria Vilma de Souza mora em Ceilândia e trabalha na Quadra 716 Norte. Ela já pegou emprestado um livro na biblioteca montada na parada de ônibus e gostou de saber que novas unidades estão sendo instaladas. "A biblioteca é importante porque as pessoas vão adquirindo conhecimento, vão aprendendo a ler, vão criando um hábito da leitura", afirmou

A Organização Não Governamental (ONG) T-Bone, responsável pela iniciativa, diz que a média de empréstimos de livros chega a 600 por dia e com as novas bibliotecas, o número vai aumentar. Na opinião do fundador da ONG, Luiz Amorim, o projeto tem dado certo e a expectativa é de que até maio deste ano todas as 32 paradas de ônibus da Asa Norte tenham uma prateleira com livros para que a população possam pegar emprestado."É um projeto que está dando certo, tanto que começamos com uma unidade e estamos completando 16. O benefício é primeiro o acesso fácil à cultura, livro de graça sem burocracia, é uma semente que nós estamos plantando e a gente vê que isso se replica em outras comunidades."Os empréstimos de livros nas bibliotecas comunitárias da Asa Norte são bem superiores do que os registrados na biblioteca pública da Quadra 512 Sul, por exemplo. Lá, segundo a bibliotecária da Secretaria de Cultura, Ana Paula Oliveira, a média é de 80 livros emprestados por dia. A iniciativa de disponibilizar livros em um local mais próximo da população, sem muitas exigências burocráticas, como nos pontos de ônibus, aumenta em quase dez vezes a procura dos brasilienses por leitura.

1- LIVRO: INSTRUMENTO DE MUDANÇA




O interesse da população brasileira pelos livros tem aumentado gradativamente nos últimos anos

O livro é um instrumento básico para o acesso à informação, no entanto, o cidadão brasileiro é conhecido como mau leitor. Uma pesquisa realizada pela Câmara Brasileira do Livro – CBL – aponta que a média anual de livros lidos é inferior a dois exemplares, no Brasil, enquanto na Europa, por exemplo, varia entre seis e sete. “A leitura precisa ser estimulada pela família e amigos quando somos crianças porque quem cria o hábito de ler até os 12 anos tende a ser um leitor ativo na maioridade. Caso contrário, lerá apenas o que for obrigatório”, revela o diretor executivo da CBL, Antonio Antogini.

Além do estímulo, é preciso lembrar que outros fatores impulsionam o baixo hábito da leitura nos brasileiros, isso porque comprar livros ou ir a uma biblioteca é privilégio para a minoria no País, principalmente, para quem mora nas periferias. Em Guaianazes, no extremo leste de São Paulo, existe apenas uma biblioteca para “abastecer” uma população de quase 600 mil habitantes.

“Sempre deixei os livros de lado e agora eles me fazem falta”, revela a moradora da região Débora Luciano Martins, 19 anos, que entrou em um cursinho comunitário para enfrentar o vestibular de Pedagogia. O relato da estudante revela a situação atual de milhares de jovens vestibulandos de baixa renda. Para reverter esta situação, a Câmara Brasileira do Livro e a Organização não-governamental Leia Brasil trabalham para mostrar a importância do livro na cultura, na inserção social e do conhecimento, enfim, no exercício da cidadania. Um levantamento divulgado em 2003, pelo Ministério da Educação, revela que mais de 16 milhões de pessoas não sabem ler nem escrever um simples bilhete, e se somarmos os “analfabetos funcionais” (pessoas que não concluíram os quatro primeiros anos do ensino fundamental) os índices atingem a marca dos 33 milhões. “Não existe país democrático e igualitário sem leitura, e os livros são essenciais para inclusão do cidadão na sociedade”, acredita Antogini.

De acordo com a CBL, mesmo com a deficiência de leitura, os números de livros consumidos no Brasil (350 milhões) superam os índices de toda América do Sul. E o interesse da população brasileira pelos livros tem aumentado gradativamente nos últimos anos. Na década de 90, os livros de Auto-Ajuda eram mais requisitados, hoje, os de Direito e Literatura são mais procurados perdendo apenas para a Bíblia, que é o livro mais lido do mundo.

Segundo dados da Sociedade Bíblica Brasileira (SBB), cerca de 8 milhões de exemplares de Bíblia são distribuídos no País, anualmente. “A Bíblia traz valores para a vida humana, em família, e em sociedade. Além disso, tem um valor religioso ou espiritual”, acredita o professor e gerente da SBB Erní Seibert, e conclui que “a leitura abre horizontes, esclarece, orienta e também educa”.

“Desde pequeno tive o incentivo da minha mãe, por isso, aprendi a ler e escrever antes de entrar na escola, aos cinco anos”, admite o estudante universitário Caio Valenzuela Copatto de 21 anos.

Segundo Copatto, o apoio familiar é fundamental ao estímulo da leitura. Por isso, hoje os livros fazem parte do seu cotidiano.

Estimulo a leitura.